Localizada no Alentejo Central, a vila de Terena é um dos locais a conhecer na região. A poucos quilómetros da fronteira com Espanha e da cidade alentejana de Évora, é no concelho do Alandroal que encontramos um tesouro alentejano.
Também conhecida por São Pedro de Terena, esta vila alentejana situa-se no concelho do Alandroal. A típica arquitetura alentejana, de casas caiadas de branco com faixas coloridas de azul ou amarelo, pinta as ruas calmas de Terena.
Ao visitar esta localidade alentejana, não pode deixar de visitar a zona da Ribeira e da Barragem de Lucefécit, entre outros marcos culturais e históricos que nos fazem apaixonar pela região.
Este é um dos poucos lugares em Portugal com uma história tão antiga e tão rica. Desde os tempos pré-romanos que este é um local sagrado, onde os primeiros povos que habitaram o atual território português prestavam culto às suas divindades.
Vários artefactos arqueológicos já foram encontrados na Ribeira de Lucefécit, que remontam a períodos tão remotos como o século III a. C., e praticamente todos os anos há escavações em toda a área envolvente, em busca de novos artefactos. Ao longo da história foram construídos vários locais de culto e igrejas, como a da Fonte Santa, São Miguel da Mota e o Santuário da Nossa Senhora da Boa Nova, que ainda hoje é local de peregrinação.
Prepare-se para caminhar, pois esta zona apenas é acessível desta forma, mas, no verão, o esforço pode ser recompensado por um banho na barragem de Lucefécit.
Edificada pelo 4.º Governador da Índia, Diogo Lopes de Sequeira, no século XVI, é um dos pontos a visitar se estiver de passagem pela vila do Alandroal.
Construída no final do século XVI, diz a lenda que um velho eremita teria ido fazer as suas preces durante a peste desse ano a este local, uma vez que dali se avistava a ermida de São Bento da Contenda, no termo de Olivença, e que foram essas preces que salvaram o povo do Alandroal da peste.
Por isso, o povo do Alandroal edificou este edifício que, ainda hoje, é local de culto. A nave é totalmente revestida por pinturas murais feitas pelo povo, compostas por ornatos florais, querubins, tabelas de ramagens com quadros de santos penitentes e a imagem de São Bento, entre outros elementos que demonstram a devoção dos alandroalenses. Ao centro, é possível observar a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade.
Localizado junto à aldeia de Santiago Maior, entre o Redondo e Pias, o Menir da Pedra Alçada não passa despercebido a ninguém, apesar do difícil acesso. Com cerca de 10 metros de altura e 6 de largura, é um monumento difícil de explicar.
Há várias explicações para a sua existência – e aparência -, mas uma coisa é consensual: já foi tida como um santuário natural, pela sua forma, e tendo em conta o passado da região.
Também conhecida por Santuário de Nossa Senhora da Assunção da Boa Nova, esta capela foi fundada por voto de D. Maria, mulher de Afonso XI de Castela. Este é um raro exemplar português de uma igreja-fortaleza, que chegou praticamente intacto aos dias de hoje e foi classificado Monumento Nacional em 1910.
Segundo a lenda que procura explicar o nome dado à Capela, a Fermosíssima Maria (nome pelo qual era conhecida D. Maria) estaria no local quando recebeu a boa notícia de que o seu pai, Rei D. Afonso IV de Portugal, iria auxiliar o seu o marido na Batalha do Salado.
Ainda hoje o culto à Senhora da Boa-Nova se mantém vivo e, anualmente, é palco de uma grande romaria que acontece no primeiro fim de semana a seguir à Páscoa. Esta romaria é de tal forma importante para o concelho que a Segunda-Feira de Pascoela é feriado municipal no concelho do Alandroal.
Erguido durante o reinado de D. Dinis, no final do século XIII, foi considerado como Monumento Nacional em 1910. É um castelo de estilo gótico, com uma planta oval, ao qual está associada a cerca da vila, de urbanismo muito simples, com uma única via de acesso, a Rua do Castelo. É do Castelo do Alandroal que parte a única rua que atravessa a vila e que termina na chamada Porta do Arrabalde.
Numa posição dominante, no alto de um monte, o Castelo de Terena foi parte integrante da linha de defesa do Guadiana, juntamente com os castelos de Juromenha, Alandroal, Monsaraz e Mourão.
Apesar de não haver grande informação sobre o início da sua construção, estima-se que remonte a finais do século XIII, pela importância que representava na linha de defesa fronteiriça. Ao longo do tempo, desempenhou um papel importante na defesa do território português, tendo sido alvo de várias obras de reforço, como é o caso da Porta das Sortidas, virada para Espanha.
Desde 2000, as dependências do Castelo têm sido utilizadas como cenário para o encontro da Inter-Medieval, uma associação internacional de sociedades de recriação histórica medieval. Um dos pontos altos deste encontro é a recriação de um torneio medieval.